Foto: https://twitter.com
SOCORRO CARVALHO
( Pará )
Maria do Socorro Carvalho Lima nasceu em Santarém,
Pará, Brasil, em 1967.
Pertence à Academia de Letras e Artes de Santarém desde 2019, ocupante da cadeira no. 17, que tem como patrono o pintor
João Alves Pereira Fona.
VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSE. Airton Souza organizador. Belém: Arca Editora, 2021. 221 p. ISBN 978-65-990875-5-4
Ex. bibl. Antonio Miranda
Para seu PEDRO, meu eterno PAI
O Tapajós tem a paisagem
De seu sorriso inesquecível
O Amazonas me traz
A dimensão do seu amor
Sua bênção de ardor, calor
No beijo em minhas mãos.
A simplicidade do seu jeito de ser
Misturada nos matizes desse pôr do sol
Tem cor de saudade eterna
Reflexo de sua imagem sobre o lindo Tapajós.
O cais era seu canto de inspiração
Tinha cheiro de vida em seu coração
O aroma bom da brisa do rio,
Mas o tempo passou
A morte veio e você se foi.
Restaram-me as lágrimas, a saudade
A lacuna na mesa que, ainda, permanece
Seu sorriso, sua presença
Ficou aqui, em meu olhar, meu coração
Sua imagem, sorriso ímpar
Estão no banzeiro do rio
No vento que passa
Cheio de nostalgia, magia
Acariciando meu vazio
Na inspiração de saudade que ficou.
Imagem do Rio Tapajós, foto: Google.
Tapajós
Tapajós
É o rio que passa, em versos
No balanço das águas
Entre notas musicais.
Rio de encontro
Que corre e deságua
No imenso Amazonas
Encontro indescritível das águas.
Tapajós
Rio azul com nuances de mar
Cor de céu, verde das matas
Na poética do coração e alma.
Rio de poesia
Rima e mistérios de encantarias
Do bailar faceiro dos botos
Cor de rosas e tucuxi.
Tapajós de enleio, segredos
Rega minha poesia
Dá vida aos devaneios,
Neste olhar de poemas.
Rio de prosa, de pompa
Pávulo, bravo, encantador
De encontros e despedidas,
Verso, rima, vida, Amazônia, amor.
*
VEJA e LEIA outros poetas do PARÁ em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/para/para.html
Página publicada em março de 2022
|